Pedro Parente pede demissão da presidência da Petrobras

Presidente da Petrobras não resistiu à greve dos caminhoneiros

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, pediu demissão nesta sexta-feira, depois da crise de abastecimento provocada pela greve de caminhoneiros contra a alta dos preços do diesel.

“Pedro Parente pediu sua demissão do cargo de presidente da empresa esta manhã”, e o Conselho de Administração nomeará um CEO interino, informou a empresa petroleira em seu comunicado.

Parente deixou o cargo depois de o presidente Michel Temer ter cedido às demandas de caminhoneiros, garantindo descontos subsidiados ao diesel por um período de 60 dias.

Isso acabou com a autonomia que a Petrobras tinha desde 2016 para estabelecer seus próprios preços – uma ferramenta crucial para investidores.

Depois da greve, que durou nove dias e afetou as entregas de combustível e alimentos no país, Temer deu sinais de que o governo poderia voltar a estabelecer os preços. Depois, voltou atrás e insistiu em que a autonomia da Petrobras seria mantida.

A Petrobras também está sob pressão dos trabalhadores petroleiros, que inciaram nesta quarta-feira uma paralisação de 72 horas, exigindo a demissão de Parente.

Apesar de a Justiça ter determinado que o movimento é ilegal, os petroleiros ameaçam fazer uma greve por tempo indeterminado em junho.

As ações da Petrobras na Bovespa tiveram forte queda após o anúncio da demissão de Parente. Às 12h45, as ações preferenciais recuavam 16,23%, e as ordinárias, 15,91%, após as negociações terem sido suspensas imediatamente após a renúncia.

Demissão de Pedro Parente foi comemorada com coreografia na frente da Regap. Veja o vídeo:

Fonte: O tempo