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Três meses de investigação levaram à maior apreensão de drogas e armas na história de Juiz de Fora e em Minas Gerais em 2019. Segundo a Polícia Civil, um sítio no Distrito de Torreões funcionava como “porto seco” de uma organização criminosa. O local não teve o nome divulgado.
Os delegados regional, Armando Avólio, e da Especializada Antidrogas, Rogério Woyame da Polícia Civil, destacaram a importância da Operação “Murum” e ressaltaram que as investigações seguem para identificar outros envolvidos.
Três toneladas de maconha, 35 armas, mais de mil cartuchos de diferentes calibres e um caminhão foram apreendidos. Um homem de 38 anos foi preso por tráfico de drogas, e por ter em depósito com armamento de uso restrito e tráfico internacional de armas – as armas e os cartuchos são possivelmente do Paraguai.
“A gente já tem outras investigações em andamento, já fez prisão, já conseguiu desmontar um caminho de entrada de armas e drogas do Paraguai justamente com estas características. Comparando os dados dessa investigação com outras, a gente pode afirmar com quase toda certeza que esse material veio do Paraguai”, disse o delegado Rogério Woyame.
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As armas serão encaminhadas para perícia para descobrir se são originais ou se foram montadas. O homem, em depoimento, não passou informações. Ele teve o flagrante confirmado e foi encaminhado ao Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresop) de Juiz de Fora.
Operação
O nome da Operação “Murum” significa muralha em latim e faz referência ao trabalho da Polícia Civil em proteger a cidade deste tipo de atividade criminosa.
Local estratégico
De acordo com o delegado da Especializada Antidrogas, Rogério Woyame, as informações apontavam o uso do local e que houve outras tentativas de flagrante até a operação realizada na noite de terça (21).

De acordo com a Polícia Civil, as 35 armas apreendidas foram dois revólveres; duas escopetas; oito fuzis: entre eles, alguns com padrão AR-15 e um fuzil 762 padrão AR 10 onde pode ser acoplada uma mira telescópica que busca o alvo a mais de 600 metros de distância e 23 pistolas, sendo que seis tinham kit rajada, podendo ser usadas como submetralhadora.
A Polícia Civil estima que o armamento está avaliado em R$ 1,5 milhão, do impacto de R$ 5 milhões estimado para a organização criminosa.
O delegado Regional Armando Avólio ressaltou o impacto da apreensão tanto desta quantidade de drogas quanto deste tipo de armamento.

Rogério Woyame afirmou que o sítio no Distrito de Torreões era um local estratégico para o grupo criminoso. “Ermo, isolado, próximo às estradas, o que facilita tanto a chegada quanto a saída sem chamar a atenção. Permitia justamente que a droga fosse tirada do caminhão e passasse para outros veículos sem chamar a atenção”, afirmou.
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Segundo o delegado da Especializada Antidrogas, Juiz de Fora era o destino de parte das drogas, mas o grupo visava o Rio de Janeiro.
“Boa parte da droga e armamento iria para lá. Em todos estes anos a gente nunca apreendeu fuzil e essa quantidade de munição de fuzil. Isso demonstra claramente que esse armamento era direcionado para outro local. Eles escolheram Juiz de Fora pela facilidade de não estar diretamente dentro do Rio de Janeiro e porque parte da droga ficaria aqui”, afirmou Woyame.
Os delegados informaram que o homem já foi preso uma vez antes por tráfico de drogas. Agora, as investigações prosseguem. “A gente tem diversas informações que estão sendo averiguadas e vamos trocar dados com as polícias de outros Estados. Estamos para identificar mais envolvidos”, concluiu.
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