SAÚDE CRÔNICA: Vamos diminuir a violência contra a mulher?

As experiências pelas quais passamos ao longo da vida sempre influenciam os nossos futuros passos. Estamos sempre aprendendo, vivendo novas situações e conhecendo novas pessoas que vão nos guiar por essas experiências. E a vida tem disso, encontros e desencontros. É como no trem nas sete do cantor Raul Seixas: “Não precisa passagem nem mesmo bagagem no trem. Então, quem vai chorar? E quem vai sorrir?”. Eu sempre achei incrível como ele conseguiu expressar em palavras, o começo e o fim dos ciclos da vida em uma música.

Acho que ele esteva certo, nossa vida é feita por experiências que devem ser boas. E se não agradam mais é preciso seguir outro caminho, afinal “Quem é feliz tendo amado só uma vez?”. Mas o respeito é necessário, acima de tudo! Não é por causa do fim de um relacionamento que outros bons momentos se apagam. Se hoje não há amor, mantenha o respeito e a paciência. É importante lembrar sempre que um momento que passa, não volta jamais. Um instante de descontrole pode levar a uma vida de arrependimento e tristezas – de muitas pessoas.

Se o recado foi muito sutil, vou citar alguns números que podem ajudar a entender a importância disso tudo: O Brasil registra, por dia, cerca de 600 casos de violência doméstica e 160 estupros. São números absurdos, mas fazem parte de um estudo sério do Fórum Brasileiro de Segurança Pública – uma organização sem fins lucrativos que organiza dados para ajudar a criar caminhos que diminuam essa violência.

Há alguns anos, o dez de outubro tem se tornado uma data simbólica e forte no Brasil. É o Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher, que tem objetivo de incentivar a reflexão de números assim para combater o problema. E não vou nem pedir que você, homem, peça para que suas amigas, colegas, irmãs ou mãe, falem sobre as dificuldades que devem ter passado em algum momento. Quer ter uma dimensão maior ainda sobre isso? Em 2018 o prêmio nobel da paz – o maior prêmio deste tipo no mundo – foi concedido à ativista yazidi Nadia Murad e ao médico congolês Denis Mukwege por seus esforços contra o uso de violência sexual como arma de guerra.

Então uma relação, seja ela qual for, não deve ter desrespeitos, agressões e violência de nenhum tipo. Xingamentos são errados, abusos psicológicos ou emocionais são errados, ataques físicos são errados. Se você não está feliz com uma situação, apenas converse. Isso vale para as coisas boas ou ruins. Não é possível ter sempre a mesma velha opinião formada sobre tudo sem nem ao menos saber o que incomoda a outra pessoa. Ninguém deve viver com violências. Se você, mulher, estiver em alguma situação complicada e precisa de ajuda, ligue para o 180 – esse é um número mantido pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República.