“Porta-voz da tragédia”, infância e fim da reforma: candidatos defendem propostas em debate

Os candidatos à presidência da República discutiram, nesta quinta-feira (20), propostas de reforma política. Pela primeira vez, um representante do PT compareceu para discutir projetos de governo em rede nacional.

Entre os temas que foram mais citados pelos presidenciáveis, está a reforma trabalhista, a saúde pública e a governabilidade do próximo presidente. O debate foi promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Aparecida (SP).

O candidato do PSOL ao Planalto, Guilherme Boulos, reafirmou a necessidade de incluir a população nas decisões do governo, principalmente através de plebiscitos. Com críticas à terceirização, Boulos voltou pedir a revogação da reforma trabalhista.

“Nós queremos acabar com qualquer tipo de financiamento privado de campanha eleitoral. Essa é uma primeira medida necessária. A segunda é trazer o povo para participar do centro das decisões. O Brasil é muito maior do que a Praça dos Três Poderes.”

Na área da saúde, Marina Silva, da Rede, apresentou proposta para facilitar a compra de remédios de alto custo. Segundo ela, o objetivo é quebrar as patentes de fabricações internacionais para que os medicamentos sejam criados no Brasil e comercializados com preço mais baixo.

“Nós lançamos, recentemente, o plano Vida Digna. No plano, nós tratamos de três questões essenciais: o atendimento à infância e à educação, a saúde das pessoas para que a gente possa resolver um problema dessa magnitude e o cuidado com a primeira infância”.

Álvaro Dias, do Podemos, fez críticas ao adversário Fernando Haddad (PT) e aos outros governos petistas. O ex-governador do Paraná justificou o fato de ter mudado sete vezes de partido porque prefere mudar de sigla a confrontar seus princípios.

“Primeiramente, Haddad, dizer que você vem para essa campanha como o porta-voz da tragédia. O representante do caos. O PT se transformou na filosofia do fracasso, na crença à ignorância, o arauto da ignorância. E se especializou em distribuir a pobreza para todos e a riqueza para alguns de seus líderes”.

Estavam presentes também Henrique Meirelles (MDB), Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB). O candidato do PSL, Jair Bolsonaro, não participou, pois segue internado em São Paulo após sofrer um atentado há duas semanas.

O próximo debate entre os presidenciáveis será realizado pelo SBT, em parceria com o UOL e a Folha de S. Paulo, em 26 de setembro.

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