Por um Carnaval consciente

Sérgio Pedro da Silva. Colunista da TV Barroso. Bacharel em Serviço Social.



Há muitas pessoas que acham que o carnaval de Barroso será desanimado, por consequência de vários tabus e adversidades sociais, que são construídas pela própria população ao longo dos tempos. Pois bem, se vivemos em um tempo de festas e supostas alegrias, porquê não tornar as coisas mais positivas e menos impactantes negativamente.


Porém, sabemos que os tempos são outros e totalmente diferente da época das machinhas de carnaval, dos desfiles das escolas de samba e os antigos blocos que faziam a alegria dos foliões  e levavam a galera ao êxtase completando as madrugadas com grandes bailes de carnaval de salões em clubes da cidade. Sem haver pancadarias e o uso excessivo de drogas e bebidas alcoólicas que vemos nos dias de hoje principalmente por menores, sem dizer nas atitudes de indivíduos que vão para as ruas só para denegrir a ordem e atrapalhar os que querem brincar e se divertir intensamente, assim como algumas fatalidades causadas no uso abusivo de álcool ao volante.


No entanto, podemos nos conscientizar que primeiramente o respeito e a educação vem de dentro de casa. Ou seja se os pais acompanharem seus filhos ou mesmo monitorar seus destinos, companhia e horários, e os ditos adultos tiverem a consciência que devemos festejar com alegria e responsabilidade, já vamos dar um enorme passo em prol de uma festa sadia e não tão preocupante. A intervenção policial é para ajudar a manter a ordem e a segurança, mas a segurança de cada um quem faz somos nós mesmos com atitudes de respeito ao próximo e ao patrimônio público, ou seja, sem brigas e vandalismos. Devemos entender que os carnavais inesquecíveis ficarão marcados na memória e na história. Daqui em diante precisamos ajudar a desenrolar e produzir festas carnavalescas, para que no futuro nossos filhos, sobrinhos, netos, e mais importante ainda que toda a população venha se orgulhar e relembrar também suas histórias e darem suas contribuições futuras para outras gerações. Ainda hoje vemos tantos exemplos de blocos com uma criação inteligente e de uma maneira tão moderna de se organizarem que levam milhares de pessoas as ruas para se divertirem e voltarem para suas casas plenamente satisfeitos e com uma sensação de bem estar.


Portanto, vamos ser tolerantes e pelo menos tentar ver as coisas de outra forma. Como dizia o filósofo Karl Marx em sua teoria marxista, que a vida é uma dialética e está em movimento constante. Então, temos que acompanhar este movimento e abrirmos um leque, para um entendimento da era da globalização e da  informatização, entendendo principalmente os contextos atuais que giram em torno da vida social de um país, trazendo problemas políticos, econômicos e sociais e que por causa dos mesmos uma comunidade não deva se privar de comemorar uma festa popular e histórica como o carnaval que além de variados fatores positivos ainda alimenta o turismo, aquece o setor hoteleiro e proporciona muitos outros meios de renda necessários para a sobrevivência de várias famílias que se encontram em vulnerabilidade e risco social.


Enfim, vamos nos conscientizar que somos uma comunidade de milhares de mentes pensantes e que cada um tem o direito de gostar disso ou daquilo, mas nunca achar que o que o outro gosta é ridículo. Imaginem se com tantas pessoas pensando diferente não houvessem nenhum conflito? Não houvesse nenhuma discussão? Nenhum descontentamento? Seria realmente imaginável. A única coisa que deve haver é educação e respeito, não importa o local que será, não importa se estará chovendo ou não, não importa a gestão atual, mas importa sim que é carnaval e que as pessoas que vão se divirtam com muito amor e paz, e quê os que não gostam ou não curtem estejam também muito felizes com suas escolhas e que tenhamos neste carnaval um bem estar social geral em nossa querida e abençoada Barroso.