Geração “nem-nem”, uma preocupação social

A chamada geração “nem-nem” é uma das tendências socioeconômicas mais preocupantes da atualidade, e não somente no Brasil. O problema levanta duas questões. A primeira é sobre o quanto a falta de empregos pode causar prejuízos permanentes no futuro desses jovens. Um emprego não significa apenas um salário, mas também educação. Algumas habilidades são simples, mas cruciais, como chegar na hora e aprender a seguir instruções. Quanto mais tempo eles demoram a alcançar estas habilidades, mais difícil fica para se tornar bem-sucedido no mercado de trabalho.

A segunda questão é mais profunda. O desemprego prolongado e a dependência dos pais podem minar a confiança deles. Estar fora do cenário econômico pode virar uma condição semipermanente que exerce uma influência em suas crenças e comportamentos. Eles podem viver, portanto, à margem da sociedade.

A identidade de um ser humano não está baseada na sua posição de trabalho, no entanto, o trabalho e os estudos são um componente importante do projeto futuro de qualquer jovem. Muitos desses jovens que não querem estudar após a fase escolar, buscam um emprego. Porém, o conflito acontece quando alguns jovens não estudam, mas também não trabalham.

Entretanto, podemos classificar nesta situação, os jovens que possuem entre 16 e 30 anos, que vivem seus dias com um ritmo de vida diferente da maioria. Em muitos casos, trata-se de uma situação de bloqueio pessoal. Por exemplo, jovens que têm formação mínima e como consequência desse baixo nível de preparo, encontram dificuldades para encontrar um emprego; tudo isso acompanhado de um momento histórico onde a competição de talentos é muito alta.

Neste sentido, estes tipos de casos aumentam em época de crise, como vivemos na atualidade, onde, por exemplo, um jovem de baixa renda pode ter que abandonar seus estudos para trabalhar e ajudar a família. Outros podem ser aqueles que vive numa situação boa, com um estilo de vida de lazer constante e assim evita assumir responsabilidades próprias da sua idade. Esta é uma das grandes preocupações dos pais. Jovens que parecem adormecidos em seu presente e que perdem a oportunidade mais importante que tem na vida: a de aproveitar o tempo de juventude em algo a mais do que simplesmente o lazer.

Ao contrário deste padrão, existem jovens que por um motivo de sorte, alto empenho ou até mesmo por ter um poder aquisitivo familiar superior se encontram em um patamar diferente. As pessoas que pertencem a outra geração, ao contrário dos “nem-nem”, assume um papel pró-ativo no gerenciamento de seu presente, possuindo uma ordem de prioridades. Buscando formar-se para obter um bom trabalho no futuro, mas que, por sua vez, também trabalham no presente para ajudar a família financeiramente e ter uma independência econômica com as despesas de lazer. Estes são os chamados “sim-sim” que tem uma ordem estruturada de horários fundamentais em sua agenda, como os dias de trabalho e um calendário de estudos. Possuem uma direção em suas vidas e seguem um plano de ação para alcançar seu objetivo vocacional.

Enfim, nesta problemática situação que se encontra nossas jovens gerações, tentemos apelar para a classe política para gerir meios com planejamentos concretos e estratégias objetivas que buscam pelo menos amenizar as aflições desta classe que nosso país tanto precisa. A nós pais façamos o maior esforço para estarmos do lado de nossos jovens e principalmente sempre os incentivar a buscar o melhor para suas vidas, visualizando um futuro de um horizonte promissor e próspero.

Att: Sérgio Pedro da Silva.

Bacharel em Serviço Social.