Em crise financeira, Barbacena já demitiu mais de 180 funcionários da educação

Mais de 180 funcionários da educação de Barbacena foram demitidos por causa da crise financeira atual. Os dados significam uma média de sete profissionais por escola e simbolizam apenas parte dos cortes feitos pela Prefeitura, que atingiu todos os setores.

De acordo com a Associação Mineira de Municípios (AMM), pelo menos 40% das cidades de Minas Gerais já decretaram situação de emergência ou calamidade financeira. Vinte e uma delas estão na Zona da Mata e Vertentes, inclusive Barbacena, que anunciou a condição há cerca de um mês. A dívida do estado com o município ultrapassa R$ 65 milhões.

“Foram feitas suspensões de contratos, suspensão de cargos comissionados, suspensão de gratificações, tudo para poder priorizar o serviço prioritário”, afirmou a chefe de Gabinete da cidade, Cacilda Araújo.

“A Advocacia Geral do Município já ajuizou ações contra o estado com relação aos recursos da saúde e com relação aos recursos Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica, mas essas ações ainda estão tramitando e não tiveram eficácia que o município precisa na emergência”, concluiu.

Por mês, o repasse previsto ao Fundeb é de R$ 2 milhões em média, mas em outubro, a cidade recebeu R$ 850 mil, de acordo com o Executivo. Por isso, os funcionários da educação tiveram os contratos suspensos e outros cargos comissionados foram reduzidos.

“A redução na parte da educação se deu, na maioria dos casos, (por) auxiliares de serviços gerais e cantineiras. Então, foi feito um escalonamento de servidores para que o serviço continue sendo prestado sem prejuízo para o aluno”, explicou Araújo.

Mesmo assim, a Prefeitura garantiu que as suspensões não se tratam de economia, já que os valores que seriam pagos aos servidores estão sendo destinados a outros serviços. O Executivo também disse que os salários estão em dia e que o 13º salário deve ser pago normalmente.