Diante das refrações da questão social que desponta atualmente, o Serviço social, sem generalizar, faz suas mediações propositivas e busca quebrar paradigmas contra o conservadorismo das correlações de força da sociedade, para promover um bem estar social. Visando descortinar no cenário da vida comunitária um futuro mais digno e esperançoso.
Neste sentido, a intervenção mais urgente que se demonstra vigente para o mesmo, é o debate no cotidiano barrosense na área política. O destaque negativo nas rodas de conversas familiares, nas redes sociais, nas empresas nos comércios e na sociedade ao todo é muito preocupante. Por isto, devemos entender que a produção e reprodução de insultos e picuinhas políticas vão alimentar insatisfações, violência, ódio e a desunião de uma comunidade que sempre se destacou pela fé, trabalho e compartilhamento de alegrias e tristezas pessoais e familiares. Devemos dar um basta nestas atitudes impensadas que só trarão satisfações individualistas, assistencialistas, clientelistas e de pequenos grupos políticos e partidários. Com certeza, os únicos prejudicados serão a sociedade de Barroso em geral. É fato que existem erros e acertos e que a democracia nos traz o total direito de cobrar e sermos fiscalizadores das políticas públicas e sociais. Mas devemos ter a responsabilidade de zelar pela integridade e segurança física e moral de todo e qualquer cidadão, seja ele do lado B ou lado A, sem distinção de raça, cor ou religião.
Provavelmente a grande maioria de propagadores destes fatos lamentáveis não tem a plena consciência que estão potencializando uma tragédia e uma batalha campal anunciada. Como estas cabeças pensantes imaginam que vai acontecer nas próximas campanhas políticas, com todo este apimentamento? Devemos ser inteligentes e pensar em nossas crianças, nossos adolescentes, nossos jovens e ter a certeza de que o futuro da sociedade barrosense serão assegurados de 4 (quatro) pilares básicos: Liberdade, Direito, respeito e Dignidade. Neste mundo violento e vingativo que vivemos na contemporaneidade devemos priorizar a tolerância, a paciência, a sensatez e principalmente a paz, para que nossos familiares não sofram repressões vingativas por atos impensados, em um futuro bem próximo.
Portanto, infelizmente estamos vivendo um surto de febre etnocêntrica sem controle por grupos de situação e oposição, e um terceiro grupo de cidadãos que se incomodam com o absurdo de tanta rivalidade política, social e cultural. Onde a atitude pela qual um indivíduo ou um grupo social, que se considera o sistema de referência, julga outros grupos ou indivíduos a luz dos seus próprios valores. Pressupõe que o indivíduo, ou grupo de referência, se considere superior aquele que ele julga, e também que o indivíduo, ou grupo etnocêntrico, tenha um conhecimento muito limitado dos outros, mesmo que viva na sua proximidade. É uma atitude que encara o próprio grupo (A ou B) como se fosse o centro da realidade. E esta doença não faz bem para nenhuma saúde social e comunitária.
Enfim, vamos fazer um apelo as autoridades públicas, as lideranças políticas e partidárias, a toda população barrosense para que possamos ser condutores de novas ideias produtivas e ter inteligência para gerar entendimento que estas citadas refrações da questão social estão cada vez mais forte em todo o Brasil, por esta terrível crise em todos os âmbitos sociais e não só em nossa cidade. As tragédias e os exemplos estão se mostrando a toda hora nos noticiários dos meios de comunicação nacional. Vamos fazer nossa parte, para que estejamos longe de índices aterrorizantes de violência.
Faço um apelo pessoal as lideranças políticas e partidárias para que não fiquem assistindo uma sociedade se perder em murmúrios para depois aproveitar de situações lamentáveis. Saiam do anonimato e deixem suas ideias e colaborações, pois quem se dedica a vida política deve estar sempre presente, na vitória ou na derrota, e isto vale para todos (Ex-prefeitos e ex-vereadores, os atuais e os pretendentes para o futuro). O povo carece de seus conselhos produtivos e positivos.
Att, Sérgio Pedro da Silva.
Bacharel em Serviço Social.